Papa Leão XIV rejeita o título de “Corredentora” para a Virgem Maria em nova Nota Doutrinal de 2025
O Papa Leão XIV aprovou o documento Mater Populi Fidelis, no qual o Vaticano afirma que Maria não deve ser chamada de “Corredentora”. Entenda o que o Papa realmente disse e o que isso significa para a fé católica.
SANTOS
Rodrigo Oliveira
11/6/2025


Em novembro de 2025, o Papa Leão XIV aprovou uma importante Nota Doutrinal intitulada Mater Populi Fidelis (“A Mãe do Povo Fiel de Deus”), publicada pela Dicastério para a Doutrina da Fé.
O documento trouxe clareza a um tema que há décadas gera debates dentro e fora da Igreja: pode Maria ser chamada de “Corredentora”?
A resposta oficial do Vaticano foi não — e o motivo está profundamente ligado à fé cristã em Cristo como único Redentor da humanidade.
Quem é Maria na fé católica?
Antes de entender a decisão, é importante recordar quem é Maria para os católicos.
A Igreja ensina que Maria é:
Mãe de Deus (Theotokos) — por ter gerado Jesus, o Filho de Deus.
Mãe da Igreja — porque, aos pés da Cruz, foi dada como mãe a todos os discípulos.
Modelo de fé e obediência — exemplo de perfeita união com a vontade divina.
Maria participou de modo singular na história da salvação, oferecendo o seu “sim” à vontade de Deus e permanecendo fiel até o fim. No entanto, sua cooperação é subordinada e dependente de Cristo, o único Salvador.
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O que o Papa Leão XIV disse sobre Maria “Corredentora”
O documento Mater Populi Fidelis deixa claro que o título “Co-redemptrix” ou “Corredentora” não deve ser usado de forma oficial.
Segundo o texto:
“O termo ‘corredentora’ pode induzir a erro ao sugerir uma igualdade ou paralelismo entre a ação redentora de Cristo e a cooperação de Maria. Tal ideia é teologicamente inadequada e pastoralmente confusa.”
O Papa reafirma que a Redenção é obra única e exclusiva de Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem, que morreu e ressuscitou para salvar a humanidade.
Maria, por sua vez, cooperou de forma única, mas não redimiu. Ela é chamada de “Mãe do povo fiel de Deus”, um título que expressa sua ternura e intercessão sem comprometer o papel central de Cristo.
Por que a Igreja rejeitou o título de “Corredentora”?
A decisão não é um rebaixamento do papel de Maria, mas uma proteção do núcleo da fé cristã.
O documento explica que o uso do termo “corredentora” pode:
Criar confusão doutrinal, sugerindo que Maria é uma segunda redentora ao lado de Cristo;
Enfraquecer o entendimento de que só Jesus é mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2,5);
Dificultar a catequese e o diálogo ecumênico com outras denominações cristãs.
Em vez disso, o Papa Leão XIV propõe que Maria seja venerada com títulos mais claros e bíblicos, como:
Mãe dos crentes,
Auxiliadora dos cristãos,
Mãe do Povo Fiel.
Esses nomes expressam a verdade do amor materno e da intercessão de Maria, sem confundir seu papel com o de Cristo.
O que isso significa para os católicos hoje
Para os fiéis, a Nota Doutrinal Mater Populi Fidelis é um convite a compreender Maria dentro do mistério de Cristo e da Igreja.
Ela continua sendo:
Mediadora na ordem da graça, mas sempre dependente de Cristo;
Intercessora poderosa, que conduz os filhos a Jesus;
Modelo de fé, humildade e serviço.
Assim, o Papa Leão XIV reafirma uma mariologia equilibrada: honrar Maria sem obscurecer Cristo.
Conclusão
A decisão do Papa Leão XIV de rejeitar o uso do título “Corredentora” não diminui a grandeza de Maria — pelo contrário, a coloca no lugar certo dentro do plano de Deus.
Ela é a primeira entre os discípulos, a Mãe do Salvador e nossa Mãe espiritual, aquela que sempre aponta para Cristo, o único Redentor do mundo.
“Fazei tudo o que Ele vos disser.” (Jo 2,5)
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